A mobilidade urbana, seguramente, está entre
os assuntos mais comentados em nossos dias. Embora não seja a única questão
envolvendo o tema, podemos dizer que um dos grandes desafios dos gestores das
cidades e dos especialistas em trânsito para resolver os problemas nesta área, é
a necessidade de várias alternativas viárias para se chegar aos mesmos destinos.
Ou seja, vários caminhos para se chegar a um único lugar.
Por razões militares e comerciais, na Roma
Antiga essa preocupação já existia, de modo que várias estradas foram
construídas a ponto de ser criado o conhecido adágio latino: “Todas as estradas
vão dar a Roma”, mais tarde também falado: “Todos os caminhos levam a Roma”.
Vários caminhos para se chegar a um único lugar!
Do ponto de vista religioso, parece que essa
mesma lógica tem prevalecido, com a repetição de outro adágio antigo, mas nunca
tão defendido como agora. Nestes tempos de crendice, falta de identidade
religiosa e esoterismo, as pessoas têm acreditado cada vez mais que: “Todos os
caminhos levam a Deus”. A tolerância religiosa, que em si mesma é salutar, tem
sido confundida com ecumenismo. Não somos, e nem poderíamos ser, a favor do
desrespeito à religião alheia e da guerra em nome da fé, mas não podemos
aceitar o engodo de que toda forma de religião é válida. Vários caminhos para
se chegar a um único lugar?!
Mesmo entre vários grupos ditos cristãos, em
que o alvo é o enaltecimento dos seus líderes e o crescimento numérico a
qualquer custo, a mensagem deixou há muito de ser cristocêntrica. Trabalho
missionário agora significa, principalmente entre os neo-pentecostais, abertura
de filiais. Além disso, mesmo entre nós, muitas vezes as estratégias e os
métodos de evangelização e discipulado, que deveriam apenas introduzir as
pessoas na única via, que é Cristo, tornam-se um fim em si mesmos.
É nesse contexto, que somos lembrados pelo tema
da nossa Campanha de Missões Estaduais: “Jesus é o caminho”! Na profissão de
fé, na vida e no serviço a Deus, somos chamados a andar na contramão desta
“mobilidade espiritual” indesejável, que propõe “um caminho largo” (Mt 7.13) ou
“vários caminhos” ou, ainda, “todos os caminhos” para a salvação. Há uma única
via para Deus! (João 14.6) E nela também encontramos as saídas dos labirintos em
que nos envolvemos, para chamarmos outros a esta estrada segura. Vem, Jesus é o
caminho!
Um forte abraço pastoral,
Pr. Idenilton Barbosa
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