domingo, 29 de julho de 2012

ARTIGO PASTORAL

SAÍDA PARA OS PROBLEMAS
Pr. Idenilton Barbosa


Semana passada, tripulantes de um navio com bandeira de Malta encontraram no interior da embarcação um camaronês que viajava clandestinamente. Depois de mantê-lo preso por alguns dias, resolveram lançá-lo ao mar, em um “estrado de madeira, onde mal cabe uma pessoa, amarrado a alguns galões, que deveriam auxiliar na flutuação. Para se orientar, ele tinha apenas uma lanterna. O africano passou 12 horas nessa situação, sem colete salva-vidas e sem remos” (g1.globo.com/jornal-nacional), até ser resgatado por um navio chileno a 13 quilômetros do porto de Paranaguá, PR.

Pensei em como muitas vezes somos cruéis e ineficazes na tentativa de solucionar nossos problemas. À semelhança dos tripulantes daquele navio, em nosso egoísmo, além de não encontrarmos uma saída adequada em meio às dificuldades, muitas vezes sacrificamos o nosso próximo, inclusive pessoas queridas. Nosso desafio é vencer os problemas e conservar a vida. Nossa tarefa é garantir a integridade física, emocional e espiritual da família e de todas as pessoas que nos cercam, enquanto administramos as dificuldades de modo positivo. 

Como acontece em relação a todas as outras questões da vida, nessa também Jesus é o nosso exemplo por excelência. A multidão está com fome? Nada de mandá-la embora, vagueando. Vamos alimentá-la! (Mt 14.13-21). A mulher foi apanhada em adultério? Nada de apedrejá-la impiedosamente. Nada de usar a miséria alheia para encobrir as próprias mazelas. Nada de achar que o pecado dela é maior que o meu. Nada de condenar o pecador. Vamos resgatá-lo! (João 8.1-11) Enquanto isso, recorramos à misericórdia de Deus, para sermos resgatados dos nossos próprios pecados todos os dias (I João 1.5-2.2). 

A separação, na maioria das vezes, não é a melhor saída para os problemas conjugais. Colocar para fora de casa uma filha que engravidou antes de casar, não lhe ensinará a ser santa e lhe fará duvidar do valor da família. Jogar um dependente químico no olho da rua não o curará e tirará de seus pais a oportunidade de se tratarem também. Às vezes, as rupturas parecem inevitáveis, mas não nos apressemos a adotá-las. As causas reais dos problemas precisam ser identificadas, medidas efetivamente e essencialmente boas adotadas, além, e sobretudo, da necessidade de se buscar permanentemente a orientação divina (Tiago 1.5). Os problemas precisam ser resolvidos, à medida que aprendemos com eles e, definitivamente, nos livrar das pessoas envolvidas não é a saída.

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