sábado, 21 de março de 2015

SENDO RELEVANTE VOZ DE DEUS ÀS NAÇÕES

Pr. Idenilton Barbosa

Deus é sempre relevante em suas mensagens aos homens. Ele sempre se dirige à humanidade para tratar de questões de grande importância para ele e para os seus destinatários. E nós, ao considerar que o nosso chamado é para sermos voz de Deus às nações, não podemos destoar daquilo que o Senhor propugna, do contrário manifestaremos nossa total desqualificação e falta de legitimidade como seus porta-vozes.

É possível perceber que para sermos legitimamente e relevantemente voz de Deus às nações, é necessário estarmos atentos a, pelo menos, quatro aspectos: a natureza do chamado, o conteúdo da mensagem, o contexto em que ela é proclamada e a forma do seu anúncio.

Despidos de qualquer sinal de arrogância, precisamos, entretanto, reconhecer que o nosso chamado é de natureza divina. É Deus quem chama. Ao decidir comunicar a sua Palavra à humanidade, ele também escolhe seu povo para ser seu porta-voz no mundo. Amós afirma que “certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.” (Amós 3.7). Hoje, a igreja precisa exercer essa função profética no mundo, como resposta ao chamado de Deus (I Pedro 2.9).

No cumprimento dessa missão, não podemos cometer o equívoco de mudar ou tentar reinventar a mensagem a ser proclamada, como muitos insistem em fazer. O conteúdo da nossa mensagem é a fala de Deus, conforme registrada nas Escrituras. Mais do que perder a relevância, quando se anuncia o que Deus efetivamente não disse ou não fez, comete-se falso testemunho contra o único Deus vivo e verdadeiro (I Co 15.15)!

No entanto, isto não significa ignorar o contexto em que se encontram os ouvintes da voz de Deus. É interessante notar que Deus sempre se fez entender, falando na língua dos seus ouvintes e de maneira contextualizada. Quando assim não o fez, designou alguém como sua voz às nações, para fazê-lo, como no caso de Daniel (Dn 5).

Em essência, a igreja de hoje tem a mesma mensagem da igreja primitiva para proferir, mas não podemos ignorar as peculiaridades do nosso tempo e das múltiplas culturas às quais somos chamados a proclamar. Nossa atuação precisa ser sensível às necessidades das pessoas e comunidades do nosso tempo, para que sejamos a relevante voz de Deus às nações.