quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

CELEBRANDO O NOVO QUE SE RENOVA



Diferentemente do que se possa imaginar, o Ano Novo não é um ente que aparece para substituir o outro - o Ano Velho. Não é um ser mágico que transforma todas as coisas para melhor, a partir da meia-noite. Não é alguém que desperta ao som dos fogos de artifício e que, embalado pelas felicitações, faz tudo ficar novo. O Ano Novo é um dia novo em nossa existência terrena que, como acontece em qualquer outra ocasião da vida, dependendo das nossas escolhas e atitudes, poderá ser um novo dia. A vida não é uma experiência estática e linear, que sofre transformações a partir de fins e de começos com data marcada. Antes, ela é dinâmica e cheia de voltas, construída e reconstruída de maneira interminável, tendo como base a soberania de Deus e a nossa colaboração com a maneira com que respondemos aos seus chamados.

Nossa felicidade, então em última análise, em 2013 e em todo o tempo, não depende das circunstâncias. Se temos dinheiro ou a falta dele, se temos saúde ou lutamos contra uma enfermidade, se nos envolve a tristeza ou explodimos de tanta alegria. O que é realmente determinante é o tipo de relacionamento que experimentamos com o Senhor do tempo e de tudo o que há e, por conseguinte, com aqueles que estão mais próximos e o restante da humanidade.

É nesse sentido que a Palavra de Deus nos convoca a trilhar o caminho do aperfeiçoamento constante, que inclui a superação de um tempo de distanciamento dos propósitos divinos, marcado por valores e atitudes indesejáveis e contraproducentes, como diz Paulo: "(...) mas agora despojai-vos também de tudo isto: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca; não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos" (Colossenses 3.8-9). Ao mesmo tempo, envolve a entrega do nosso ser para que os valores da nova vida em Cristo se estabeleçam, inaugurando uma nova natureza, que jamais envelhece, pois se caracteriza pela permanente renovação, visto que é fruto do ato criador e criativo de Deus que, embora imutável, não sabe o que é envelhecer: "(...) e vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou" (Colossenses 3.10).

É uma nova vida que repercute em nossos relacionamentos interpessoais. Onde há espaço para as diferenças, mas não há lugar para o cultivo das desigualdades. Onde é possível divergir respeitosamente e sem odiar. Onde é possível e fundamental o direito de recomeçar a partir do perdão, aprendido com aquele que nos alcança todos os dias com seu amor incondicional (Colossenses 3.11-14). É preciso, portanto, vivenciar e celebrar essa possibilidade do novo que se renova!

É o que faremos nesta segunda-feira, dia 31 de dezembro de 2012, a partir das 21 horas. Nossa celebração se caracterizará pela gratidão ao Eterno Deus por nossa vida no ano que se encerra e pela reafirmação da nossa dependência do Senhor, bem como da nossa consagração a Cristo no decorrer do ano que está prestes a se iniciar. Cânticos, depoimentos, orações, comunhão, reflexão bíblica e confraternização não faltarão. Espero que você não falte também!


Abraços e beijos pastorais renovados,


Pr. Idenilton Barbosa

UM NOVO MUNDO COMEÇA NO NATAL


Um dos assuntos mais comentados na última semana foi a suposta e, erradamente, chamada profecia maia do fim do mundo. O tema foi motivo de preocupação em alguns círculos e de chacota em outros. Mas, o certo é que, de tempos em tempos, a discussão sobre o fim ressurge, principalmente entre os ocidentais, sem, contudo, se considerar o marco do recomeço: O Natal.

Não os festejos comuns nesta época, mas a realidade da intervenção divina na história da humanidade por meio de Jesus Cristo. O nascimento do Salvador em Belém para nos resgatar de nossos pecados na cruz, inaugura a possibilidade de uma nova vida, a partir de um novo relacionamento com Deus. As palavras do anjo que anunciou o natal de Jesus Cristo, comprovam esta afirmação: “Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria, que o será para todo o povo: É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2.10-11).

Esta época deve representar para todos nós uma oportunidade para refletirmos profundamente no maravilhoso presente que Deus nos deu - Jesus Cristo. É um tempo para nos desvencilharmos das ideias equivocadas cultivadas pelo capitalismo e pelo consumismo e permitirmos que o amor de Deus inunde o nosso coração, de tal forma que o curso da nossa vida seja transformado. Porque, como diz a Palavra de Deus, "aquele que está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo" (II Coríntios 5.17). Feliz Natal! 


Um abraço pastoral,


Pr. Idenilton Barbosa

sábado, 10 de novembro de 2012

NOSSO 4º ANIVERSÁRIO

As celebrações dos 4 anos de organização da Igreja Batista do Costa Azul se aproximam e todos estão mais do que convidados. Nossa comunidade de fé foi organizada eclesiasticamente em 21 de novembro de 2008 e, este ano, comemorará o acontecimento em 24 e 25 deste mês. Estamos esperando um grande número de irmãos e amigos tanto no sábado, quanto no domingo. Além de muito louvor, comunhão, edificação e tudo aquilo que uma festa como esta proporciona, teremos a realização de batismos. Confiram um pouco do que está reservado e estejam conosco!

domingo, 23 de setembro de 2012

FLORES E FRUTOS


Ontem começou a primavera. Não sem razão, quando se pensa nesta estação, lembra-se logo do colorido, do perfume e da beleza desta fase do ano, caracterizada pelo florescimento das árvores e dos campos. A sensação de andar por um campo florido na primavera é quase extasiante, convidando-nos ao romantismo e fazendo-nos atentos ao que há de mais poético e belo na vida.

Só não nos damos conta, muitas vezes, de que, além de bela, a primavera exerce uma função essencial no processo produtivo da natureza. As flores não são apenas lindas, são também responsáveis pela geração dos frutos. Uma florada é prenúncio de frutificação. As flores não somente ornamentam e embelezam, dão origem às plantas à medida que seu ovário é fecundado pelos polens de outras flores da mesma espécie. Diferentemente do que escreveu o poeta Cartola em sua belíssima canção, “as rosas não falam, simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti”, as flores não apenas são belas e perfumam o ambiente, elas também produzem os frutos.

Num mundo exacerbadamente preocupado com a estética em detrimento do conteúdo, através do exemplo das flores Deus nos ensina a importância de uma beleza que não seja sinônimo de futilidade, nem esteja a serviço do narcisismo, mas tenha uma função nos propósitos divinos que resulte em vida.

Deste modo, nossa vida não deve se caracterizar pela exterioridade vazia que propagandeia uma beleza que não passa da epiderme, mas de um estado interior de tamanha saúde espiritual, que o perfume que exalemos seja o de Jesus, a Rosa de Sarom, para produzir vida à nossa volta. Ao contrário do que aconteceu no episódio em que Jesus, atraído pela farta folhagem da figueira, procurou fruto nela e não encontrou (Marcos 11.12-14), que o Senhor encontre uma realidade permanente de frutificação em seu reino. Para isso, a receita já foi dada pelo Senhor: “Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim, nada podeis fazer” (João 15.5).

Precisamos ser como as flores: não expõem sua beleza sem a intenção de contribuir para a frutificação. Nós, portanto, precisamos evitar a propaganda enganosa veiculada pela espiritualidade aparente, demonstrada nos estereótipos religiosos e concentrarmos nosso foco no exercício da vida cristã de verdade, cuja beleza está na produção de frutos resultantes da união com Cristo.

Em Cristo, Pr. Idenilton Barbosa

sábado, 22 de setembro de 2012

DEPOIMENTO MISSIONÁRIO


A seguir, um depoimento que nos inspira a dedicar nossa vida à proclamação do Evangelho e ao discipulado bíblico, sem triunfalismo e sem priorizarmos as estatísticas, mas impulsionados pelo amor a Deus e ao próximo, com a determinação de obedecer à ordem de Jesus Cristo: "Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mateus 28.19-20). Deixe-se ser desafiado e atenda o desafio!
*Trans: Uma experiência válida para toda a vida


Durante a 92ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, o pastor Sebastião Custódio de Oliveira Neto, da Primeira Igreja Batista em São Caetano do Sul (SP), surpreendeu-se ao ver sua foto num cartaz que exibia imagens da primeira Trans de 1974, que levou para o norte do país vários seminaristas, com o intuito divulgar a Palavra nos lugares mais distantes, permitindo maior avanço do evangelho.

Ele estava no primeiro ano do Seminário Teológico Betel, no Rio de Janeiro (RJ), quando, em culto realizado na capela do seminário, o pastor Samuel Mitt, secretário executivo de Missões Nacionais à época, fez o "convite-desafio" aos seminaristas das igrejas batistas para que participassem da primeira grande mobilização missionária a ser realizada em dezembro daquele ano, indo para a Transamazônica. "A mobilização era denominada Transtotal. Inscrevi-me e, para minha surpresa, fui aceito. Na época, eu tinha 17 anos, mas completaria 18, antes do evento, e creio que tenha sido um dos mais novos a participar", contou.

Estudantes do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, do IBER (hoje CIEM), do Seminário Teológico Batista Fluminense, e do seminário onde Sebastião estudava, todos do Rio de Janeiro, além dos alunos do Instituto Tecnológico A. B. Deter, de Curitiba (PR), viajaram no mesmo ônibus com destino a Brasília. "Éramos aproximadamente quarenta pessoas, entre moças e rapazes, incluindo o então presidente de Missões Nacionais, pastor Henrique Marinho Nunes. Os seis ou sete passageiros não evangélicos do ônibus foram os primeiros a ouvir a mensagem de Jesus Cristo. Para mim, a Trans começava ali. Após 18 horas de orações, pregações, canções, alguns cochilos e também muitos bate-papos, chegamos a Brasília", relatou o pastor Sebastião, que após um dia de descanso com seu grupo na capital federal, seguiu para Araguaína (TO), onde participou de cultos nas igrejas e congregações.

"Cantamos, pregamos, demos testemunhos e muitas orações foram feitas a favor dos que participariam da 'grande aventura missionária'. No dia seguinte chegamos a Marabá, cidade-base da operação missionária, já às margens da Transamazônica. Lá, nos encontramos com outros seminaristas, missionários, pastores e evangelistas do Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Éramos, aproximadamente, 110 irmãos e irmãs desejosos de anunciar o evangelho aos milhares de brasileiros que vinham para a Transamazônica, cheios de sonhos, pois ali ganhavam terras do governo e promessas de que em breve a estrada seria asfaltada e a produção agrícola da região 'abasteceria o mundo'. As promessas dos governantes não se cumpriram, mas a mensagem do evangelho daria aos que nela cressem verdadeiramente uma nova vida", lembra o pastor. Na cidade de Marabá, todos foram divididos em equipes de 6 a 8 componentes e, após o treinamento coordenado pelo pastor Nilton Antônio de Souza, que trabalhava na sede de Missões Nacionais no Rio de Janeiro, foram enviados para seus respectivos trechos da estrada Transamazônica.

As famílias receberam terras ao longo da Transamazônica, mas em alguns lugares havia pequenas comunidades chamadas "Agrovilas". Cada equipe tinha como tarefa evangelizar os moradores ao longo de aproximadamente 50 km da estrada, entre Marabá (PA) e Altamira (PA) e apesar de ser época de chuvas os objetivos foram alcançados.

O grupo de Sebastião era liderado pelo pastor Isaías Próspero Duarte, e também fazia parte de sua equipe a missionária Irtes Dias Delgado, que hoje, mesmo aposentada como missionária, vive naquela região. "Ficamos 10 dias visitando famílias nos sítios à beira da estrada. Durante o dia era feito censo religioso, e quando havia concordância apresentávamos, na mesma visita, a mensagem do evangelho e intercedíamos a Deus pelas famílias. À noite realizávamos cultos nos sítios, pequenos comércios ou escolas. Muitas pessoas receberam Jesus Cristo como senhor e salvador de suas vidas e ainda outras, mesmo não tomando uma decisão naquele momento, aceitaram fazer estudos bíblicos em seus lares".

Com seu jipe, com tração nas quatro rodas, o pastor Isaías conseguia deslocar seu grupo ao longo daquela estrada de terra e muito barro. Eles ficaram hospedados em três diferentes casas durante dez dias, com famílias cristãs que tinham sido contactadas com antecedência. "Pela primeira vez dormi em rede e experimentei bacaba, cupuaçu, açaí e farinha puba. Também ouvi o ronco dos bugios e 'miados' de jaguatiricas. Andávamos bastante durante o dia (nos subdividimos em dois grupos) e apesar do cansaço físico sentíamos uma grande alegria e nossa disposição era constantemente renovada", recorda.

No retorno à Marabá, houve um culto em ação de graças, por todas as bênçãos alcançadas naqueles dias. Estavam presentes, entre tantos outros, o missionário Jonas Bidart Lopes, pastor da Igreja local, as missionárias Sônia Maria dos Anjos Santos, Lúcia Margarida e a mensageira da noite foi a irmã Marcolina Magalhães. Tendo chorado durante toda a mensagem, Sebastião foi até a frente, consagrando sua vida enquanto era entoado o hino 298 do Cantor Cristão. "Senti em todo aquele culto, uma manifestação especial do Espírito Santo. Durante toda aquela experiência, do início do choro até o atendimento do apelo, fui perguntando a Deus o que Ele queria de mim. O que deduzi no fim daquela noite foi que Deus queria com aquele quebrantamento levar-me a viver com sinceridade a letra do hino de que aprendera a gostar: 'Nem sempre será pro lugar que eu quiser que o Mestre me tem de mandar'. Pois em relação ao ministério as posições estavam invertidas: eu queria determinar como ele deveria se desenvolver. Ali pude entender com clareza que o ministério não era meu e sim de Deus, para que eu o cumprisse".

Como consequência da sua participação na primeira Trans, Sebastião recebeu um convite para um trabalho de férias no interior de Goiás, para onde foi em janeiro do ano seguinte. De dezembro de 1975 até o fim de janeiro de 1976, ele participou da segunda Trans, a convite de Missões Nacionais, e auxiliou na coordenação da equipe que trabalharia na região de Sinop e Colíder (único grupo que atuou fora da Transamazônica). A maioria dos integrantes de sua equipe era da Faculdade Teológica Batista de São Paulo, estando entre eles a atual missionária Analzira Pereira do Nascimento, que mais tarde foi para Angola e hoje coordena a JMM Jovem.

Retornando da "Trans Total 2", Sebastião e seu grupo passaram na cidade de Campo Grande (MS), onde tiveram contato com o pastor Jonatan de Oliveira, que fez o convite a Sebastião para que realizasse um trabalho de férias na frente missionária de São Félix do Araguaia (MT), em frente à Ilha do Bananal. Tendo aceitado o convite, ele ainda retornou no início de 1977.

Em função do contado com a PIB de Campo Grande, no fim do curso, em dezembro do mesmo ano, ele foi convidado para ser ordenado ao ministério pastoral e para servir como missionário da Igreja em Canarana - colonização gaúcha, no Cerrado Mato-grossense. Aquele jovem, que no início do seu ministério já achava que tinha tudo definido, foi profundamente transformado pelo primeiro grande impacto missionário dos batistas brasileiros.  Aquela primeira Trans foi o início da formação da visão ministerial dele, que está há 35 anos no exercício do pastorado, já o tendo exercido em Cuiabá, Campo Grande, Jundiaí e está há 21 anos na PIB de São Caetano do Sul, uma igreja que apoia diretamente 33 projetos missionários no Brasil e no mundo. Com todas as experiências que obteve, pastor Sebastião nunca perde a oportunidade de incentivar participações na Trans, afinal ele garante: "Além de participar de um impacto transformador em uma região de nosso imenso país, você também será profundamente impactado pelo Espírito Santo do Senhor". 

Conteúdo extraído da revista A Pátria Para Cristo.

*Depoimento publicado na revista A Pátria Para Cristo e no site da Junta de Missões Nacionais, de onde o transcrevemos na íntegra.

sábado, 15 de setembro de 2012

NOVIDADE NO BLOG

A partir de agora, em nosso blog você pode acessar textos e reflexões do Pr. Idenilton Barbosa num local específico. São pequenos artigos pastorais novos e antigos que instigam à meditação e produzem edificação. Alguns já publicados aqui e outros inéditos. Muitos deles são bastante sucintos, por terem sido publicados originalmente no Boletim Litúrgico Informativo, onde o espaço é limitado. Na página PASTOR acima, basta clicar em ARTIGOS PASTORAIS e ler os textos que desejar. Se preferir, na página INÍCIO, na coluna da esquerda, encontre REFLEXÕES PASTORAIS e clique em ARTIGOS. Fique à vontade para ler e comentar.

Como aperitivo, a seguir, um desses textos: A COLHEITA DOS PRÓXIMOS QUATRO ANOS, escrito em 26 de setembro de 2010. Afinal, com a proximidade das eleições municipais, é importante refletir sobre como nossa atitude política determinará o que acontecerá conosco e com nossa cidade, nos quatro anos de mandato do próximo prefeito. Boa leitura!







A COLHEITA DOS PRÓXIMOS QUATRO ANOS*

“... pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará” Gl 6.7


Pr. Idenilton Barbosa

No próximo domingo, votaremos para presidente, governador, senadores, deputado federal e deputado estadual. Muitas pessoas têm dificuldade para escolher seus candidatos. Vivem desconfiadas com a classe política devido aos inúmeros casos de corrupção, além da demagogia dos que se apresentam como paladinos da moralidade que, em muitos casos, são servos ou se servem da mesma insaciável politicagem daqueles que acusam.

O que alimenta tais comportamentos? Evidentemente não temos como apontar uma única causa. Mas, com toda certeza, entre as razões estão os critérios que muitos eleitores levam em conta na hora de decidir por um determinado candidato. Infelizmente, muitos trocam seu voto por um saco de cimento, por uma dentadura, por uma consulta médica, enfim, se assemelham àqueles que recebem dinheiro ou vantagens pessoais para votarem neste ou naquele projeto no Congresso Nacional.

Tanto quanto a colheita é proporcional ao que se semeia, os resultados nos próximos quatro anos serão equivalentes ao voto que daremos no próximo domingo – em quem e por que votaremos. A vida do seu candidato é mesmo de compromisso com os que têm menos? Ele tem propostas realmente plausíveis? Qual o alcance social de suas proposições? Ele está a serviço da sociedade ou de um determinado grupo? Vote de modo a colher uma sociedade mais justa no futuro.

* Texto escrito em 26 de setembro de 2010


sábado, 25 de agosto de 2012

IGREJA: SER E PERTENCER

Pr. Ed René Kivitz
Os resultados do Censo Demográfico 2010 mostram o crescimento da diversidade dos grupos religiosos no Brasil. O crescimento da população evangélica, que passou de 15,4% em 2000 para 22,2% em 2010, foi um dos destaques do cenário religioso. A pesquisa indica também o aumento dos que se declararam sem religião, que chegam a 8%, ou 14 milhões de pessoas. O fato curioso foi que número de evangélicos que não mantêm vínculo com nenhuma igreja cresceu. Segundo o IBGE, passaram de 4% do total de evangélicos em 2003 para 14% em 2009, somando agora 5,4 milhões de pessoas. Parece que vivemos dias quando o velho ditado “Cristo, sim, Igreja não”, embora uma contradição de termos, volta a ganhar popularidade.

A palavra grega “ekklesia”, traduzida como “igreja”, aparece 114 vezes no Novo Testamento. Destas, 5 vezes indicam o que alguns teólogos chamam de “igreja universal”, o corpo de Cristo que reúne todo o povo de Deus na história, desde Abraão aos nossos dias; 95 vezes fazem referência à igreja local (que está em Corinto, na casa de Áquila e Priscila, por exemplo); outras 9 vezes, em Efésios, que podem referir os dois sentidos, tanto universal quanto local; eoutras 5 vezes sem qualquer sentido religioso. Isso significa que as referências do Novo Testamento à igreja,é quase totalmente no sentido de uma comunidade cristã localizada no tempo e no espaço, a comunhão histórica de cristãos de determinada região.

Isso faz sentido, pois o exercício de viver em comunidade se constitui não apenas um dos maiores desafios para todas as gerações de cristãos, como também e principalmente indica a essência do propósito de deus revelado em Jesus Cristo. Podemos construir a compreesnão do significado e revelevância da expressão “igreja: ser e pertencer” a partir de seis eventos narrados na Bíblia: a criação do homem, a Torre de Babel, o chamado de Abraão, o advento de Jesus Cristo, o Pentecoste, e a visão do louvor ao Cordeiro no Apocalipse.

Quando Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, os criou macho e fêmea destinados a expressar o relacionamento da Santíssima Trindade, isto é, a viverem uma “unidade plural”, pois são três as pessoas, mas um único Deus. Adão considera Eva uma expressão de si mesmo: “osso dos meus ossos e carne da minha carne”, sendo, na verdade, duas as pessoas, mas uma só carne (Gênesis 1.26,27; 2.18-25).

A história da Torre de Babel registra o surgimento das nações – antes, um só povo com uma só língua, isto é, uma unidade plural, agora, muitas etnias, espalhadas por toda a terra (Gênesis 11.1-9). Mas Deus continua a insistir no seu propósito eterno para a raça humana, a saber, criar para si mesmo uma outra “unidade plural”, expressão de sua imageme e semelhança, com quem repartir sua comunhão de amor. Essa é a razão porque chama Abraão, com a promessa de fazer de sua descendência uma só nação, para sejam abençoadas todas a famílias da terra (Gênsis 12.1-3).

A descendência de Abraão é Jesus Cristo (Gálatas 3.16), que com seu sangue comprou homens e mulheres de todas as raças, tribos, línguas e nações, e fez deles um só reino (Apocalipse 5.9,10). Por isso é que o apóstolo Paulo diz que “os que são da fé (no Cristo) é que são filhos de Abrãao” (Gálatas 3.7), pois são estes os que receberam o Espírito Santo, derramado sobre toda a carne, isto é, sobre todas as famílias da terra, no dia do Pentecoste (Atos 2.17; Gálatas 3.14).

O Pentecoste é o oposto de Babel. A obra de Jesus Cristo, descendente de Abraão, possibilita o derramar do Espírito Santo de Deus sobre todos os povos, para que a unidade da raça humana seja restaurada e se cumpra o eterno propósito de Deus: “Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito” (1 Coríntios 12:12-13). Assim, “todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus. E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão” (Gálatas 3:26-29).

A conversão a Cristo, portanto, implica necessariamente a conversão ao próximo, e o comprometimento com o propósito eterno de Deus de criar para si um povo que expresse sua imagem e semelhança, isto é, seja uma unidade plural, que reflete em sua fraternidade universal a comunhão de amor que existe eternamente nas três pessoas divinas: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito. Essa foi a oração de Jesus: “Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste” (João 17:20-23).

Igreja: ser e pertencer. Cristo sim, Igreja sim. Pois é na comunidade dos cristãos que o sonho do Cristo se torna visível.

Pr. Ed René Kivitz
Pastor da Igreja Batista da Água Branca, SP
Publicado originalmente em http://edrenekivitz.com/blog/

TELA CRENTE

PRÓXIMO SÁBADO, 1º DE SETEMBRO!



NUM MUNDO DE DISPUTAS PELO PODER CUJAS ARMAS 

SÃO A INFORMAÇÃO, A FORÇA E O DINHEIRO,

DESCUBRA

"O PODER DA GRAÇA"



Dos mesmos criadores de “Fireproof” (A Prova de Fogo), "O PODER DA GRAÇA" é uma poderosa história sobre perdão com a violência de policiais ao lidar com o crime. O filme conta a história de Mac, que, ao perder o filho em um acidente, sente raiva de Deus e de todos os outros, guardando amargura e dor por 17 anos.
Ele deve unir forças com seu colega de patrulha
para superar suas diferenças para ajudar um ao outro.


JUNTE SEUS AMIGOS E VENHAM ASSISTIR

“O PODER DA GRAÇA”


DATA: Sábado, 01/09/2012
HORÁRIO: 19h00
LOCAL: Igreja Batista do Costa Azul
Rua Professora Maria Helena Fonseca, 129-B, Costa Azul
Rua da Igreja fica em frente à passarela do Parque Costa Azul.
Informações: Ligue (71) 8798-9623



ENTRADA GRATUITA!


IGREJA BATISTA DO COSTA AZUL
Um lugar para adorar

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ESTUDANTE EM CENA


















O DIA DO ESTUDANTE COMEMORADO COM ARTE, CULTURA E DIVERSIDADE, NO ESPAÇO DO SABER.

PARTICIPAÇÕES: Banda IBCAzul, Grupo de Coreografia IBCAzul, Grupo Teatral PIB do Lobato e Grupo de Coreografia PIB do Lobato.

NESTE SÁBADO, 11 DE AGOSTO, ÀS 19H30,
NO COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ TOBIAS NETO, NO BAIRRO DO COSTA AZUL.
ENTRADA FRANCA!

REALIZAÇÃO:
IGREJA BATISTA DO COSTA AZUL
Aqui você adora

domingo, 5 de agosto de 2012

"EU TENHO UM SONHO"


Nestes tempos, em que verifica-se a necessidade de reafirmação dos ideais de liberdade, diante das várias faces da injustiça social, publicamos o famoso discurso do pastor batista Martin Luther King, a partir da postagem do professor e pastor Irenilson de Jesus Barbosa, veiculada em seu blog Poiésis do Irê.


"EU TENHO UM SONHO"
Martin Luther King Jr.

Em um dos mais célebres momentos da luta pelos direitos civis, nos EUA (a marcha de Washington. 28 de agosto, 1963), o meu colega pastor batista e irmão em Cristo, posteriormente agraciado com o Nobel da Paz (em 1964),  Martin Luther King Jr, fez um dos mais memoráveis discursos já vistos e ouvidos pela humanidade. Uma das grandes personalidades do século XX, ele organizou e liderou marchas a fim de conseguir o direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Vale a pena reler e refletir sobre suas inspiradas e inspiradoras palavras, especialmente dedicadas aos que amam a causa da liberdade em todas as suas faces. EU também TENHO UM SONHO... depois de ler o discurso na íntegra, abaixo, confira o vídeo com o áudio original: http://www.youtube.com/watch?v=HbQC9ikiKlI (1ª parte) e http://www.youtube.com/watch?v=dnQ0RtYffwc (2ª parte). Você não pode deixar de ver...




"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.


Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.


Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre. Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação.


Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.

De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".

Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.

Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.
Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.
Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.

Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.

E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"

Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.

Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.

Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.

Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.

"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.

Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,

De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"

E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.

E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.

Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas de Nova York.

Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.

Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.

Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.

Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.

Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.

Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.

Em todas as montanhas, ouvirei o sino da liberdade.

E quando isto acontecer, quando nós permitirmos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."

terça-feira, 31 de julho de 2012

TELA CRENTE

É NESTE SÁBADO,
4 DE AGOSTO, ÀS 19H00,
NA IGREJA BATISTA DO COSTA AZUL!













Uma história tocante, com uma boa dose de humor e ação. Um filme que alerta quanto aos perigos que rondam às famílias. Uma produção que o levará a avaliar seu comportamento como marido e pai. Por meio dessa obra, você perceberá que, para proteger nossas famílias, precisamos ser CORAJOSOS. Um filme para todos e, especialmente, para os pais. Dia 04 de agosto, às 19h00. Você não pode perder!


IGREJA BATISTA DO COSTA AZUL
Rua Professora Maria Helena Fonseca, 129-B,
Costa Azul (Rua em frente à passarela), bem perto do Parque Costa Azul.


ASSISTA AO FILME E CONTRIBUA COM R$ 1,00 (um real) PARA CUMPRIRMOS NOSSA MISSÃO.

domingo, 29 de julho de 2012

ARTIGO PASTORAL

SAÍDA PARA OS PROBLEMAS
Pr. Idenilton Barbosa


Semana passada, tripulantes de um navio com bandeira de Malta encontraram no interior da embarcação um camaronês que viajava clandestinamente. Depois de mantê-lo preso por alguns dias, resolveram lançá-lo ao mar, em um “estrado de madeira, onde mal cabe uma pessoa, amarrado a alguns galões, que deveriam auxiliar na flutuação. Para se orientar, ele tinha apenas uma lanterna. O africano passou 12 horas nessa situação, sem colete salva-vidas e sem remos” (g1.globo.com/jornal-nacional), até ser resgatado por um navio chileno a 13 quilômetros do porto de Paranaguá, PR.

Pensei em como muitas vezes somos cruéis e ineficazes na tentativa de solucionar nossos problemas. À semelhança dos tripulantes daquele navio, em nosso egoísmo, além de não encontrarmos uma saída adequada em meio às dificuldades, muitas vezes sacrificamos o nosso próximo, inclusive pessoas queridas. Nosso desafio é vencer os problemas e conservar a vida. Nossa tarefa é garantir a integridade física, emocional e espiritual da família e de todas as pessoas que nos cercam, enquanto administramos as dificuldades de modo positivo. 

Como acontece em relação a todas as outras questões da vida, nessa também Jesus é o nosso exemplo por excelência. A multidão está com fome? Nada de mandá-la embora, vagueando. Vamos alimentá-la! (Mt 14.13-21). A mulher foi apanhada em adultério? Nada de apedrejá-la impiedosamente. Nada de usar a miséria alheia para encobrir as próprias mazelas. Nada de achar que o pecado dela é maior que o meu. Nada de condenar o pecador. Vamos resgatá-lo! (João 8.1-11) Enquanto isso, recorramos à misericórdia de Deus, para sermos resgatados dos nossos próprios pecados todos os dias (I João 1.5-2.2). 

A separação, na maioria das vezes, não é a melhor saída para os problemas conjugais. Colocar para fora de casa uma filha que engravidou antes de casar, não lhe ensinará a ser santa e lhe fará duvidar do valor da família. Jogar um dependente químico no olho da rua não o curará e tirará de seus pais a oportunidade de se tratarem também. Às vezes, as rupturas parecem inevitáveis, mas não nos apressemos a adotá-las. As causas reais dos problemas precisam ser identificadas, medidas efetivamente e essencialmente boas adotadas, além, e sobretudo, da necessidade de se buscar permanentemente a orientação divina (Tiago 1.5). Os problemas precisam ser resolvidos, à medida que aprendemos com eles e, definitivamente, nos livrar das pessoas envolvidas não é a saída.