sexta-feira, 4 de abril de 2014

CIDADE DO SALVADOR

Pr. Idenilton Barbosa*

Desde a sua fundação, em 29 de março de 1549, e até mesmo antes, quando ainda era a Vila do Pereira (perto da Ladeira da Barra), o território soteropolitano é alvo de disputas. Aliás, um dos motivos para que a coroa portuguesa enviasse Tomé de Sousa para estabelecer a cidade-fortaleza era justamente o de defender a Baía de Todos os Santos das constantes ameaças de invasão.

Cosmopolita por natureza e marcada pela diversidade, Salvador não somente recebeu a influência de indígenas, portugueses e africanos, no início, e de outros povos, posteriormente. Além disso, muitas forças arrogam-se de ter os seus domínios e tentam governá-la. Gerônimo, cantor e compositor baiano, em sua canção de maior sucesso, afirma que Salvador “É D’Oxum”. O quase totalmente desconhecido “Hino de Salvador”, composto por Oswaldo José Leal, em um de seus versos, diz que a capital baiana é “Terra do Senhor do Bonfim”. À medida que se avizinha a Copa do Mundo, a cidade vai sendo ocupada pelos interesses econômicos, mais do que esportivos, da FIFA, que parece apossar-se da terceira maior capital do país.

Numa ocasião festiva como esta, em que a primeira capital do Brasil comemora seus 465 anos, considero importante refletirmos e lembrarmos a quem ela pertence, de fato. Ela é a cidade do Salvador! Não somente por ter sido este o nome que lhe foi dado pelos colonizadores, mas principalmente por considerarmos a afirmação da Palavra de Deus: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl 24.1).


A aceitação da concepção da cidade como sendo do Salvador Jesus Cristo, implica em que seus moradores são alvos do grande amor de Deus (João 3.16) e que, por conseguinte, têm a oportunidade de fazerem de suas vidas território amorosamente governado pelo mesmo Salvador e Senhor. Além disso, viver numa cidade que é do Salvador impõe a todos o dever de administrá-la, desfrutar de suas belezas e cuidar de suas múltiplas riquezas, principalmente da maior delas, que são seus habitantes, de um modo compatível à vontade do seu dono. Salve, Salvador!

*Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Nordeste, licenciando em Pedagogia pela Universidade Federal da Bahia e pastor da Igreja Batista do Costa Azul

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