segunda-feira, 13 de maio de 2013

NOSSA HOMENAGEM ÀS MÃES





NASCIMENTO DE MÃE
Idenilton Barbosa


Nasceu mulher.
E, por isso, depositária de beleza,
inteligência e força.
Pelo Altíssimo dotada de assaz riqueza,
é capaz de sorrir, ainda que se contorça,
dando à luz a filhos, sendo invólucro de amor e firmeza.

Nasceu bela.
Sendo assim, pra quê transformação?
É notória sua formosura!
Mas, pra ser mãe, expõe-se à mutação
do seu rosto, do seu corpo, da sua estrutura,
alargando o útero e escancarando seu coração.

Nasceu sensível.
Para ela, quase tudo é perceptível.
Seu senso, porém, torna-se ainda mais aguçado:
Quando concebe, escuta até mesmo o inaudível,
consegue ver o que por ninguém é notado,
seu coração materno decifra sinais do indescritível.

Nasceu menina.
Dada à brincadeira, à fantasia.
Seu espírito moleque não se perdeu no tempo...
No turbilhão do cotidiano, a mãe se diverte, se extasia,
se joga no chão, se torna goleira, representa, faz experimentos,
se reencontra com a menina do começo, na brincadeira da cria.

Nasceu nova.
Seu corpo curvas possuía.
Hoje, seu rosto tem marcas do tempo,
feitas pela missão de mãe, dos olhos bem abertos e em claro, mesmo em noites frias.
Para o filho, já crescido, é impossível retribuir-lhe a contento.
Resta render-lhe honra e a Deus, graças, por ter inventado a mãe um dia.

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