Pr. Idenilton Barbosa
Neste primeiro domingo de
março, as igrejas batistas
comemoram o Dia da Esposa de Pastor. Esta é uma
ocasião oportuna para refletirmos sobre o tratamento a ser dado às esposas daqueles que Deus escolheu para conduzirem suas ovelhas sobre a Terra. É importante
desfazer alguns mitos em relação àquela que se casou com o pastor e é sua
companheira na jornada da vida e, por conseguinte, do ministério.
Antes de tudo, a esposa de
pastor não é uma "pastora", a não ser que, tal como o pastor, tenha
sido chamada para o ministério pastoral. A vocação pastoral não se dá por laços
familiares ou por união conjugal, mas por um chamado individual feito pelo
próprio Deus àqueles ou àquelas designadas pela soberana vontade de Deus para
esta missão. Portanto, não se deve esperar, muito menos exigir, que ela cumpra
as responsabilidades e atribuições do pastor da igreja.
A esposa de pastor não é uma
mulher sem defeito ou uma espécie de "super crente", nem mesmo é
imune aos dilemas humanos. Pelo contrário, é passível de medo, irritabilidade,
de tensões pré-menstruais, de cansaço físico e emocional, de aborrecimentos no
trabalho, na igreja, em casa, inclusive com o seu marido e com os filhos. Tem
carências que são inerentes a todo ser humano e a toda mulher e, além disso,
tem necessidades e aspirações muito particulares, relacionadas à sua
individualidade.
A mulher do pastor deve ser
vista como alguém que se rendeu a Cristo e está integrada à comunhão do corpo
de Cristo, carecendo da atenção da igreja por meio do discipulado e do seu
próprio investimento espiritual, cultivando uma vida de oração, de estudo da
Palavra de Deus, do uso de seus dons e talentos, de testemunho da sua fé ao
mundo, para que ela mesma e sua igreja continuem crescendo. Em que isto difere
do compromisso que toda mulher cristã deve assumir?
Cabe-lhe a responsabilidade
de amar e o direito de ser amada por seu marido. Ela e seu esposo precisam
exercitar a todo instante a recomendação bíblica da mútua sujeição. Sobre ela e
seu companheiro está o encargo de educar seus filhos equilibradamente nos
caminhos do Senhor, sendo, ambos, para eles um padrão de conduta cristã. E
sobre qual casal cristão não recaem essas responsabilidades?
Algumas questões, porém, são
de fato especiais na vida de uma mulher de pastor e, talvez, seja por estas
razões que ela se constitui merecedora de um dia para ser homenageada.
Primeiramente, ela tem a
difícil tarefa de ser a esposa daquele que, via de regra, é o seu pastor. Ela é
a única mulher da congregação que cotidianamente come, dorme, decide, se
alegra, se entristece, conquista, se frustra, se aborrece, se decepciona, se
realiza com o seu pastor, perdoa-o por suas eventuais impaciências, chora ou
sorri com ele, por ele ou por causa dele, dividindo a mesma casa, a mesma mesa,
a mesma cama.
Ela deve ser homenageada de
maneira especial e ser alvo da nossa intercessão também porque, embora não seja
vocacionada para o ministério pastoral, sob a orientação do Senhor decidiu
acompanhar o pastor nas vicissitudes, desafios, eventuais privações, alegrias e
vitórias que fazem parte do pastorado.
Em nossa igreja, havemos de
viver com sabedoria e sempre prestamos nossas sinceras homenagens a uma mulher
que vivencia tudo isso há 20 anos ao lado do nosso pastor e que atende pelo
nome de Solange Ibrahim Alves Barbosa. A você, irmã Solange, o nosso amor e o nosso
carinho! A você, as nossas homenagens! Parabéns, irmã Solange!
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