Pr. Idenilton Barbosa
Deus é sempre relevante em suas mensagens aos homens. Ele
sempre se dirige à humanidade para tratar de questões de grande importância
para ele e para os seus destinatários. E nós, ao considerar que o nosso chamado
é para sermos voz de Deus às nações, não podemos destoar daquilo que o Senhor
propugna, do contrário manifestaremos nossa total desqualificação e falta de
legitimidade como seus porta-vozes.
É possível perceber que para sermos legitimamente e
relevantemente voz de Deus às nações, é necessário estarmos atentos a, pelo
menos, quatro aspectos: a natureza do chamado, o conteúdo da mensagem, o
contexto em que ela é proclamada e a forma do seu anúncio.
Despidos de qualquer sinal de arrogância, precisamos,
entretanto, reconhecer que o nosso chamado é de natureza divina. É Deus quem
chama. Ao decidir comunicar a sua Palavra à humanidade, ele também escolhe seu
povo para ser seu porta-voz no mundo. Amós afirma que “certamente o Senhor Deus
não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os
profetas.” (Amós 3.7). Hoje, a igreja precisa exercer essa função
profética no mundo, como resposta ao chamado de Deus (I Pedro 2.9).
No cumprimento dessa missão, não podemos cometer o
equívoco de mudar ou tentar reinventar a mensagem a ser proclamada, como muitos
insistem em fazer. O conteúdo da nossa mensagem é a fala de Deus, conforme registrada
nas Escrituras. Mais do que perder a relevância, quando se anuncia o que Deus
efetivamente não disse ou não fez, comete-se falso testemunho contra o único
Deus vivo e verdadeiro (I Co 15.15)!
No entanto, isto não significa ignorar o contexto em que se
encontram os ouvintes da voz de Deus. É interessante notar que Deus sempre se
fez entender, falando na língua dos seus ouvintes e de maneira contextualizada.
Quando assim não o fez, designou alguém como sua voz às nações, para fazê-lo,
como no caso de Daniel (Dn 5).
Em essência, a igreja de
hoje tem a mesma mensagem da igreja primitiva para proferir, mas não podemos
ignorar as peculiaridades do nosso tempo e das múltiplas culturas às quais
somos chamados a proclamar. Nossa atuação precisa ser sensível às necessidades
das pessoas e comunidades do nosso tempo, para que sejamos a relevante voz de
Deus às nações.
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